Reverso do oposto


De ontem em diante, não quero mais ser o que tenho sido até agora. Não quero nada do que tive e desejei. Quero o colo calmo, meu canto pra me confessar, dizer[te] que não posso, não quero beijos, nem lambidas, muito menos sua falta de palavras!
Estou farta de toda esta matemática que rege o mundo, quero é sentimento tresloucado, palavras doidas e transbordantes de paixão, tristeza, cumplicidade; natureza!
Não me apaixono à toa, por isso seja o céu que quero admirar todo dia...repudio o simples gosto da saliva, o físico e mecânico...meu alimento é esperança e energia que não é medida em "Joule "[...]
reticências sempre, ponto final nunca!
Quero a vida inteira num gole só...afoguei-me com o sumo mal triturado, pois nunca côuo meus pensamentos.Sairão assim, do jeito que sair; do jeito que vomitar...estou perdida em minha dúvida, meu arrependimento de não saber o que sou. Por que raios fui perguntar aquilo? Ou olhar te nos olhos?Nada adianta agora, não adianta mais esperar amanhecer o dia...o brilho da Lua se foi...a maresia não me alcança, e a areia foge de meus pés pra dar lugar a caquinhos de vidro pontiagudos, que me perfuram os pés e a alma sem esperar por minha dor, ou choro...soluços contidos que viram versos perdidos...escondidos de todos.
O Cabelo parecia tão suave, um emaranhado de motivos para acariciá-los, deram nó. Os olhos eram brincantes, fizeram-se vazios...Arghhh [Explosão/ Grito]
Cansei de ser puto! Cansei de ser puto de minhas idéias, quero ficar só, não presto pra beijos perdidos pelas madrugadas...quero a fidelidade das estrelas, o aconchego da árvore...a solidão completa de ser-me só[.]