Monday, October 22, 2007

Reencontro da linha com o ponto

Sentir o que tão poucas vezes
foi dito.

Calar palavras elouquentes
de carinho.
ver a pele arder em remorso, em culpa...por ter deixado os momentos despedaçarem,
tão pétalas pelo caminho.

A secura nos dedos é o reflexo da alma distraída com a pressa da rotina.
Me fez emudecer e murchar a poesia das linhas eternas de minha inspiração...do amor; da fé.

Os dias parecem tão longos, neste piscar que é o sopro...
Me sobra tanta falta...de conversas, sensações, verdades e fantasias que alimentavam...tão sutis a minha mentira de menina-poeta.

meu sexo [é] puro segredo
Alegoria da vida, meu desejo!
Alimento calado, palavra a palavra...tua face terna próxima à meus lábios
sussurro verdades, que você por inteiro, não quis ouvir.
Só posso me conformar com a beleza do vento que me pentei os cabelos e me alivia o calor de outubro.

Ou. tro sonho
sujo nesse pó de estrela...
em meio aos meus lençóis...faço do desfeito
pintura surrealista.:.

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