O vazio que afoga as palavras só
me comprova o simples fato:
Sou pedaço de certa idéia incompleta
rascunho de palavra incerta
desfeita e remontada
tenho remorso por ser transição do que era para o que sou...
serei-me o que no próximo instante?
Posso me confortar dizendo ter certeza de certos gostos, de poucas pessoas que me agradam estar em companhia...mas isso é certeza de estabilidade da alma?
A mudança assusta pela entropia que nos causa...ah a bagunça eterna do impalpável!
O que não se controla é doído, é solitário e mutável...é anarquia dos organismos que tanto lutam pra metabolizarem os sentimentos, que nos pegam de surpresa, em uníssono social.
Tangendo a humanidade
em cada cidade...em cada manhã
nesta rotina de rabiscos vãos, me entrego a cada lágrima marcada no papel
esta alma dura e fria, que tanto te machuca...
só tenta lutar contra a resignação.
E assim se desfia este diário poético, feito com as miudezas do dia a dia... tecido nas rendas dos meus dilemas.
Friday, November 02, 2007
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