Minhas angústias se enrolam feito ramos firmes pela garganta, minha violência é seca e enjaulada nas linhas...que fluem conforme as palavras brotam dos dedos feito Lycopodium...que você toma em doses homeopáticas para calar a dúvida e a dor.
Mas no final, não serão elas nosso verdadeiro veneno? Palavras destiladas e engarrafadas feito poesia singela, indiferente, poesia seleta...discreta...mente.
Ou dirão a verdade calada nos versos?
O fato de ter me feito mais clara emudeceu minha fúria de espírito? A complexidade do meu ser se reduziu a bestialidade do superficial? No fundo temo saber a resposta, pois o que me acalentava a ansiedade da época era justamente o desnexo...meu próprio sexo e identidade gritado através das palavras, para ninguém que quisesse ouvir, e ousar me entender.
Quero o frescor do musgo verde entre os dedos...esporos a estourar ao doce contato com a água, que no final carrega; assim como o vento; o fruto de uma vida, para outro lugar.
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