Saturday, May 12, 2007

Reencontro


Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando... C.L...


Minha feroz vontade é desfazer a alma e o papel de tudo que até aqui insisti em dizer

Para dar espaço ao sentimento egoísta que cala a alma em amarga resignação do espírito

estou presa neste parágrafo sem reticências, quase que paquidérmico, me sufocando a poesia com suas ordens ressecadas e envelhecidas. Dissequei-me todos os versos? Numa só noite?

nesta, me entreguei às estrelas de cacos de ossos corroídos, brancas e perfuradas, pontiagudas de ruína e estranhez

.:a


Os olhos

insistem em fugir dos meus

só resta amargura da permissão
para que entrassem em minha vida

lessem o que quisessem, para depois partir.



Certos olhos ainda vejo

mas dos prazeres de outrora, me retiro

fujo pra longe, pra perto do que fui [ lá me escondo, me preservo, tento a recriação]


Os passos desta dança, sinto que desaprendi...

Os mais belos toques , esqueci como fazê-los...como dizê-los

me simplifiquei barateando a alma

Já fui mais complexa? Com isso perdi a beleza?


Acho que perdi a passagem pro teu colo.

Não me lembro a cor, mas ainda sinto o movimento dos olhos, pelos cantos da alma.




de novo aquela sensação... é como se tivessem arrancado, à força, alguma coisa de mim. algo extremamente valioso...





Tem uma pilha de ídeias sujas ali


já tenho onde me assossegar.


Acho que o mundo está precisando de um pouquinho mais de feminilidade, pelo menos, hoje.

1 comment:

Unknown said...

Concordo...


Carece de femininidade...


Bons Sonhos.