Parece estranho que mais um dia tenha passado desta forma.
Tem dias em que a gente não sabe mais como se segurar, é como se todas as coisas que nos mantém seguros ao chão e longe das vertingens da rotina tenham se perdido, assim num repente, pelas esquinas bárbaras da vida.
Num momento bate o desespero, a tristeza e a fúria...para mais tarde dar lugar a angústia e ao remorso, por não ter dito mais que meia palavra ( que como se sabe, só dá espaço para meio entendimento)...ou por não ter aproveitado mais daquele sentimento peculiar e puro, tão difícil de descrever, mas tão fácil de reconhecer.
Seria a poesia diária tão escassa que nós, reles humanos tentando ser algo mais que simples seres, perdemos a fórmula para distinguí-lo em meio ao nó frígido do cotidiano?
receio que no final somos apenas pessoas em busca de um pouco d'água...que nos faça acordar para a tangente camuflada do nosso círculo vicioso do dia-a-dia.
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